Se alguém te falasse que impressão 3D já é coisa de museu, você acreditaria? Pois isto é uma grande verdade, mas não é exatamente o que você está pensando. O Museu de Artes e Design de Nova Iorque está com uma exposição que ocupa três andares inteiros com arte feita com impressão 3D e outras técnicas de fabricação digital. O passeio é uma ótima oportunidade para ver um pouco de arte, conhecer incríveis trabalhos feitos com técnicas de fabricação digital e ainda ter a oportunidade de falar com alguns artistas (ou seriam eles fazedores?) que estão com a mão na massa ali mesmo no museu.
Recentemente estive em Nova Iorque e, seguindo a indicação de um amigo,resolvi visitar o MAD – Museum of Arts and Design de Nova Iorque. Design sempre foi um dos temas que mais gosto, mas a visita desta vez tinha um sabor especial, o MAD está com uma exposição chamada Out of Hand – Materializing the Post Digital (que poderia ser traduzida como Fora de Controle – Materializando o Mundo Pós Digital) que ocupa três andares do museu com várias obras feitas com diversas técnicas de fabricação digital como impressão 3D, corte a laser e CNC.
É um prato cheio para quem gosta de design, arte e tecnologia. Os trabalhos vão desde coisas mais conceituais e abstratas como esculturas feitas através de algoritmos computacionais e materializadas através de CNC e corte a laser até vestidos e móveis construídos com impressão 3D. Além da alta complexidade e da beleza de algumas peças, o que mais me chamou a atenção foram as dimensões de algumas delas. Normalmente vemos exemplos de objetos criados com impressão 3D desktop e outras técnicas de tamanhos razoavelmente pequenos, mas lá é possível ver obras de dimensões bem maiores. Algumas tendo várias vezes o tamanho de um ser humano adulto.
Outra coisa bem legal é o fato de você poder brincar com algumas das obras. Um bom exemplo é um sistema para fazer a modelagem de vasos que simula a uma roda de oleiro com sensores, laser e um computador. Você coloca suas mãos no meio de um conjunto de feixes de laser e vê na tela do computador como ficaria seu trabalho se ele tivesse sido modelado com argila. Depois da “obra de arte” pronta ela fica armazenada no sistema e é apresentada junta de outros trabalhos numa das paredes da sala de exposição. A idéia é que depois você poderia imprimí-la numa impressora 3D (veja detalhes na figura). Na mesma linha a exposição também conta com um espaço que abriga alguns “artistas residentes” e que estão por ali para falar de seus trabalhos e para que você possa vê-los em ação. É bem legal!
O toque final é perceber que aqueles artistas são, no fundo, fazedores que estão se apoderando da tecnologia e das coisas do mundo físico para fazer arte de um jeito bem diferente. E por que não pensarmos que todos os fazedores também não são artistas? E você, já pensou em fazer arte com algum projeto deste tipo?