Em 2017 a TecToy irá lançar no Brasil uma nova edição do Mega Drive, um console de video game clássico dos anos 90. E por conta das notícias sobre esse lançamento, tomei conhecimento de um produto que a TecToy comercializou há uns 8 anos chamado MDPLAY: um clone portátil de Mega Drive.
Com o intuito de criar um driver de emulação para esse console junto ao Projeto MAME, focado na preservação histórica desse episódio da indústria de games brasileira, iniciei um trabalho de engenharia reversa para desvendar as nuances do funcionamento interno deste aparelho.
Neste sexto episódio do Happy Hacking Video Blog você pode conhecer mais sobre este trabalho e, quem sabe, até mesmo fazer parte do esforço de preservação de mais um console de video game por meio do desenvolvimento de um emulador!
E se você sempre quis saber como é criado um novo emulador, não deixe de acompanhar a evolução passo-a-passo deste projeto.
Happy Hacking!
Felipe “Juca” Sanches
Pelo que percebi, tanto este novo Mega Drive quanto este pequeno aparelho, basicamente trazem um CPLD (ou talvez um FPGA) com a arquitetura sintetizada do aparelho original o que os faz, certamente ter limitações, como por exemplo: Não deve ter mappers implementados e nem o suporte a chips especiais que, felizmente o Mega Drive, oficialmente, só tem 1 de cada: Street Fighter II (mapper de 40Mb) e Virtua Rancing (Chip auxiliar da Samsung).
A ROM hospedeira (firmware) é programada em C, com uma lib para acesso a cartão SD (que é lido e enviado para uma memória), compilada com algum port do GCC para a arquitetura 68k/Z80, como o SGDK (https://github.com/Stephane-D/SGDK) que é o mais recente deles, creio que esse seja um dos motivos da falha em emuladores: A ROM/Firmware não consegue acesso ao cartão que não existe em um emulador.
No mais, parabéns pelo projeto, é sempre bom adquirirmos mais conhecimento sobre coisas que não compreendemos de forma a transpor os obstáculos aos objetivos.